Vontade, mas nada a dizer. Vontade, mas nada a fazer.
Vontade, vontade e vontade... mas tudo o que vê são as paredes. Quatro. Quarto,
sala, cozinha. E o sol... Grande Sol, pela janela. Também o céu. Às vezes
escuro... mas não será noite? Se é noite, onde estão as estrelas? Poluição?
Poluição! Na pele, nos olhos, nariz. Respiração... com dificuldade. Quanto
tempo até chover? Chover forte, muito forte, extrem... mas onde os pássaros se
escondem quando está chovendo? Terão eles uma lareira para se aquecerem...?
Nirvana... Nirvana é bom. Mas o Grunge só faz piorar. Que baixaria! Vontade,
mas dessa vez há como resolver. Cuspir na folha? Isso é uma vontade, mas não a
faz. Então resolve parar onde está. E continuar em estado estático. Rasgar ou
não rasgar? Eis a questão... E o Cobain continua, e o Grunge continua, e a
vontade continua... mas permanece onde está. Já chega!
(Munique R. Novaes)
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